Olinda de Souza, carinhosamente chamada por seu pai de Dude, apelido que contagiou sua mãe e irmãs, nasceu em Piracicaba, no dia 13 de junho de 1931, como um presente de Deus para sua mãe, que a recebeu no dia de seu aniversário.
Filha de Ângelo de Souza e Antônia Franco Barbosa, irmã de Venina, Zanira, Maria Helena, Leni, Dirce e Cecília, era a terceira filha do casal.
A família era de origem católica, apenas a mãe Antônia, filha de portugueses era praticante.
Teve uma infância feliz, num lar carinhoso, cheio de harmonia, onde a alegria predominava em brincadeiras e folguedos. Gostava de ir à escola com as irmãs e possuía uma linda caligrafia.
Seu pai, mestre de obras, adoeceu gravemente quando sua irmã caçula ainda era muito pequena. Felizmente, as filhas mais velhas, inclusive a alegre Dude, puderam assumir as responsabilidades do sustento da família. E, exceto pela doença do sr. Ângelo, continuou sua vida, superando as dificuldades, vendo em todas as circunstâncias um motivo para buscar o bom lado que ela apresentava.
Por essa época já estavam morando em Campinas.
Com orgulho, ela contava que trabalha como tecelã, numa fábrica têxtil e todos os envelopes que continham seu salário mensal eram entregues fechadinhos nas mãos do pai, que ela cria e respeitava como chefe do lar, o cabeça da família. E esse princípio ela levou consigo para a vida e o transmitiu para quem lhe desse oportunidade.
Aos 25 anos de idade, casou-se com Calistino Policarpo de Oliveira e acrescentou esse nome de família ao seu, passando a chamar-se Olinda de Souza Oliveira, já que agora ela e seu marido formavam um novo lar.
Muitos perguntam como foi que ela conheceu a Jesus e o aceitou como Senhor e Salvador. E isso é uma história particularmente interessante.
Seu marido, apesar da família ser crente, não era. Não frequentava igreja e o que ouvia do evangelho vinha principalmente de sua irmã Tereza, casada com o sr. Policarpo. Tereza e Policarpo eram os pais de Joel, Azor, Eunice e Débora.
Quando marcaram casamento Olinda e Calistino, de comum acordo, decidiram que seria numa igreja evangélica. Para que isso fosse possível, uma vez que nenhum dos dois eram crentes, contaram com a intercessão do sobrinho, que nessa época já era pastor e evangelista Joel Ferreira.
Pastor Joel recomendou à um colega que fizesse o casamento do tio Calistino com a srta. Olinda. Deixando claro a situação religiosa do casal. O pastor não perdeu a oportunidade, além de fazer o casamento, fez também uma exposição do plano de Salvação e ofertou uma Bíblia ao casal.
Calistino sentiu-se tocado e a partir daquela data, 28 de junho de 1956, tornou-se um novo homem, era agora um servo do Senhor.
Entretanto, Olinda não entendia muito sobre o acontecido e o interesse de seu marido por um livro de capa preta, ou as horas sentadas numa igreja, onde o pastor falava coisas que ela não entendia.
Com muita paciência, Calistino passou a ler e explicar as passagens bíblicas que aprendia. E ela se interessava por momentos assim com o esposo, pois era muito bom ouvi-lo.
Começaram a chegar as filhas, Marta, depois Miriam. Logo depois do nascimento da Miriam, mudaram-se para Guarapuava, no estado do Paraná.
E foi lá, que Deus tocou de maneira miraculosa o coração de Olinda.
Durante o parto da terceira filhinha, o quadro apresentou-se deveras perigoso. Assistida por uma doula da igreja que seu marido frequentava, d. Gercy, que traz para o pai a triste notícia de que seria um parto difícil, que somente um milagre poderia salvar mãe e filha. Depois de muitas horas de trabalho, nos quais Calistino com Marta e Miriam no seu colo, orava incessantemente por um milagre, teve suas preces atendidas. Miltes nasceu, passou por procedimentos de ressuscitação e por fim chorou, como Olinda mesma dizia, como um gatinho.
E com esse milagre, experimentado na própria vida, Olinda se rendeu ao Salvador Jesus. E num domingo festivo, foram batizados e fizeram a pública profissão de fé Calistino e Olinda, e batizadas as irmãs Policarpo, Marta, Miriam e Miltes. E esses pais crentes honraram a promessa de criar suas filhas diante de Deus, aprendendo sobre as sagradas escrituras e do amor incondicional de Jesus Cristo.
Olinda e Calistino frequentaram a Igreja Presbiteriana da Penha, Igreja Presbiteriana de Guarapuava, Igreja Presbiteriana de Ponta Grossa, Igreja Presbiteriana Independente de Vila Carrão e novamente, Igreja Presbiteriana da Penha. Sempre gostou de cantar e participou dos corais da Igreja Presbiteriana Independente de Vila Carrão e da Igreja Presbiteriana da Penha.
Porém, em 1973, quando a família morava na Vila Carrão, aprouve a Deus recolher seu servo. Olinda viu-se viúva, com três filhas adolescentes de 16, 15 e 13 anos. Mas foi aí que Deus se mostrou ainda mais amoroso e revelou-se o Pai Celestial. Cuidou dela e das filhas, honrando Suas Promessas de que nunca as abandonaria.
Depois de 10 anos, com suas filhas já adultas e em relacionamentos sérios, com rapazes crentes também, Olinda conheceu e contraiu novas núpcias com senhor Alair Alves da Silva, casamento que durou 39 anos. Homem crente, companheiro e que como ela, gosta de cantar. É o avô que os netos conhecem e o bisavô que os bisnetos conhecem e amam.
Suas filhas se casaram e a abençoaram com netos. Marta casou-se com Sérgio e lhe deu os netos, Renan Augusto, Anna Heloísa e Roberto Giovanni. Miriam casou-se com Ernesto, e lhe deu as netas Camila Andréa, Lídia Elisabeth e Raquel Helena. Miltes casou-se com Donizete e lhe deu os netos Juliana e Bruno Donizetti. São no total 8 netos, que a amam e respeitam.
As três netas, filhas da Miriam e Ernesto já se casaram e duas já lhe deram bisnetos. Camila casou-se com Flávio e lhe deu Valentina, Miguel, Isabel e Davi. Raquel casou-se com Álvaro e lhe deu Arthur, Laura, Alice e Levi. Lídia casou-se com Felipe. Assim Deus aumentou uma família, debaixo da Sua Suprema Vontade, enchendo o coraçãozinho dela de felicidade.
Agora, Olinda parte para o Lar Celestial. Está de volta à casa do Pai Amado. Antes de ser Seu pai, foi Seu Criador, Salvador, Redentor, Seu Deus Forte Provedor e de agora em diante é o Seu Pai da Eternidade, na eternidade.
“Divino Companheiro” (versão cantada por Diego e Romualdo).

Saudades eternas da Dona Olinda.
Alegria contagiante. Muito simpática.
Grande mulher.
Que dia maravilhoso!!!!
Mesmo limitada pela enfermidades trazia aquele sorriso, conselhos e benção que satisfazia qualquer pessoa em especial a mim
Como gostava de cantar 🎶!!!
Nossa q linda homenagem!
O Senhor te deu o dom da palavra!
O velório da sua mãe foi algo marcante em.minha vida, posso dizer q não sou mais mesma….me tornei mais grata e mais confiante no amor do Senhor.por tudo q ouvi de vcs e principalmente pelo testemunho do Ernesto.
Falei sobre a vida dela e a esperança em Cristo, já compartilhei com a tia Odaisa e até na ceia de ano novo pros meus pais, esposo e prima.
Obrigada!
Linda história!!!
Deus sempre cuidando nos detalhes!!!
Deus realmente é muito bom!!!
🥰😍🙏🏻
Linda homenagem
Que lindeza!!! 👏👏🌹
Gratidão por essa vida tão preciosa 💝
Marta, que destreza nas palavras!!! com uma descrição amorosa onde narra essa história inspiradora da tia “Linda” Olinda!!!!!
Me emocionei com os detalhes…..
Amo esse cântico também 😍
Tia Olinda , levarei comigo esse sorriso e a voz maravilhosa quando fazia dueto com minha mãe (sua concunhada Aparecida ☺️)
Marta, você retratou a mãe com muita fidelidade. D.Olinda foi única, e ficará marcada nas nossas vidas como alguém que abriu mão de muitas coisas para o bem de outras pessoas.
Texto emocionante! Que saudades da minha vózinha!!