O relógio, a ferramenta universal para marcar o tempo e organizar a vida de seu possuidor, é uma das mais antigas invenções humanas.
Podemos encontrá-lo nos pulsos dos homens, das senhoras e até das crianças. E nas torres das igrejas, nas salas públicas, sobre móveis nas casas, onde além da função principal servem como belos adereços. São, portanto, instrumentos de uso no pulso, bolso ou parede.
Quem não se emociona ao ouvir as badaladas do carrilhão de um relógio antigo?
Hoje, somou-se ao relógio analógico, o facilitador relógio digital, onde, sem dificuldades, qualquer criança pode identificar as horas.
Particularmente, sempre gostei de relógios e sua precisão mecânica, seus ajustes de funcionamento. O mistério que faz com que trabalhe sem parar, no mesmo ritmo, no mesmo compasso, e permite que pessoas de diferentes partes do mundo possam, de repente, estar absolutamente sincronizadas. Pois ele, se obtiver cuidado, manutenção e zelo, é um bem totalmente confiável!
E essa precisão misteriosa dos relógios analógicos cria uma perfeita analogia ao lar, seu funcionamento e dinâmica.
O lar, como o relógio, possui componentes de precisão e função definida. Cada um tem seu lugar certo, onde bem ajustado, atuará de modo que o Lar seja um local confiável!
Os relógios podem ser requintadíssimos, caríssimos. Com caixas de aço, ouro, cravejados de pedras preciosas ou fantasias. Pulseiras em ouro, aço, couro ou até em lenços coloridos. “Super fashionistas”! Lindos os relógios das torres, que quando marcam as horas, fazem ecoar suas longas badaladas!
E já repararam nos ponteiros?! Alguns, é bem verdade, são simples e despojados, mas temos os adornados, trabalhados no mais perfeito estilo “rococó”.
Independentemente de todo luxo ou simplicidade, o relógio será inútil se não funcionar a contento. Existe um ditado popular que diz: “Relógio que atrasa, não adianta!”
Se ele não suporta mais o conserto, para mais nada serve senão o descarte, ou desmonte para reaproveitamento das peças avulsas. O resto, descarte total!
Porém, independentemente da apresentação do relógio, se simples ou sofisticada; independentemente de onde fique, no pulso de uma criança ou no carrilhão da igreja, um item sempre passa despercebido aos olhos de seus admiradores, ou quem apenas o olha para consultar o tempo. Nesse pequeno item não há preocupação com adornos.
É o pino, que quando muito, recebe uma singela pedrinha na finalização. Porém é ele quem une os ponteiros, um ao outro e ambos ao maquinário.
Apesar de pequenino, diante da grandeza de todo o relógio, se não estiver bem ajustado e preciso, qual sua relevância?
Não pode ser nem mais fino, nem mais grosso, leve demais ou pesado, curto ou longo! Ele precisa ser absolutamente adequado para aquela função, ou seu desajuste não permitirá que o relógio funcione com precisão. Haverá discrepância no tempo e prejuízo para seu dono.
Nem pedras preciosas na sua finalização compensarão sua ineficiência!
Por analogia, assim deve ser o lar! Um relógio bem ajustado, confiável, que mostre as horas com precisão e os minutos valiosos da vida!
No ponteiro das horas vemos o pai, marido forte, seguro, robusto, que marca o tempo em seus estágios, trabalha firme para vencer a etapa de cada jornada.
Nos ponteiros dos minutos temos os filhos, estouvados, ligeiros, apressados, mas que nos mostram a todo instante que o tempo não espera por ninguém! Apenas segue…
Mas para que esses dois ponteiros se ajustem e funcionem há o pino!
Discreto, estável, equilibrado, ajustado! Nesse pino temos a mãe! Assim ela deve ser, e o lar será um lugar de conforto, alegria, paz, completamente ajustado, apesar das intempéries do tempo.
Se houver uma queda ou outro acidente qualquer que remova o pino do seu lugar, os ponteiros se confundem e o tempo é perdido.
Enquanto a mãe, como um pino não deixar o seu posto, com determinação abraçar sua função, orando por seu esposo e filhos, administrando com sabedoria as finanças do seu lar, curando as feridas físicas e emocionais dos seus “ponteiros”, gerenciando com sabedoria os bens da família, então haverá segurança, mesmo nas adversidades.
A mulher é o pino estável, equilibrado que fará do lar o relógio confiável para todos que procuram um referencial!
Hoje vemos com tristezas lares se tornando relógios digitais. São apenas funcionais, indistintos na sua função, impessoais nas suas interações. Porque descartado foi o pino central. Podem até ser bonitos, apresentarem certo requinte, mas não possuem a beleza individual, personalizada, singela ou sofisticada, da harmonia mágica dos ponteiros e do pino.
Lares analógicos são mais preciosos, são mais sensíveis! Infelizmente como os relógios, cada dia mais raros!
Mas não há relógio que não tenha conserto na mão do inventor!
Quanto à Família, lar é Projeto e Criação de Deus! Ele pode restaurá-la completamente.
O Eterno Deus é o Senhor do tempo. Ele pode consertar qualquer lar. Pode trocar o maquinário, juntar ponteiros e pino, colocar de novo o Lar em sua função original. Testemunhar ao mundo do Seu grande amor!
Deus pode dar corações de carne aos corações endurecidos, firmar o pino central e ajustar os ponteiros para que eles desfrutem da simplicidade, da beleza, da harmonia que essa união proporciona, cada um na sua função, abençoando todos os que buscam uma referência confiável nesse mundo, que desperdiça tempo!
Por mais lares analógicos!
